Uma vez perguntei para o pastor Luciano Subirá se ele sabia em que momento havia se apaixonado pelas Escrituras. Ele me falou de dois momentos:

O primeiro havia sido quando ele foi cheio do Espírito Santo, na adolescência. A partir daquele momento, os textos que pareciam chatos e cansativos haviam se tornado vivos e interessantes.

Mas uma vez, ouvindo um pastor pregar, ele foi levado ao entendimento de que a Bíblia revelava uma pessoa. Por trás daquele livro existia alguém. Conhecer o livro era conhecer uma pessoa     o próprio Jesus, o verbo vivo de Deus.

Desejo repetir isso com o cuidado de não passar uma imagem errada sobre o estudo das Escrituras e, principalmente sobre a frase “amar a Palavra”. Precisamos ter o entendimento de que conhecer as Escrituras é conhecer a Deus. Jesus disse:

“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.”   João 5:39     NVI

Buscamos a Bíblia, porque nela Deus se revela a nós. Seu caráter, Seu amor, Seu coração, Seus pensamentos, Sua Pessoa.

A Bíblia começa com uma reunião familiar, em que Deus diz ao Filho e ao Espírito: “façamos o homem, vamos criá-lo semelhante a nós” (Gn 1:26).

Ela nos mostra um Deus que se orgulha da obediência de seus servos: “Você reparou no meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que me teme e evita o mal” (Jó 1:8).

Um  Deus que gosta de passear no jardim com seus filhos (Gn 3:8). Um Deus que se deixou ser questionado por Abraão, e se dispôs a poupar Sodoma e Gomorra, se ali houvesse ao menos 10 justos (Gn 18).

Um Deus que fica irritado com a teimosia de Moisés, mas mesmo assim age de forma a facilitar sua obediência (Ex 4:14). Um Deus que passa seus olhos sobre a terra e escolhe pessoas que lhe agradam (1 Sm 13:14). Um Deus que ama e que odeia (Is 61:8).

O Novo Testamento nos mostra Deus amando a criação, a ponto dar a vida de Seu próprio filho para reaproximar o homem de Si (Jo 3:16). Um Deus que tem ciúme de nós (Tg 4:5). Um Deus que é Pai (Mt 6:9).

Na pessoa de Jesus, Deus se identificou conosco. Mostrou-se sujeito a ser tentado (Mc 1:13). Mostrou-se aprendendo por meio do sofrimento (Hb 5:8). Um Deus que chora (Lc 19:41),  que se compadece (Mt 14:14), que se comove (Jo 11:33).

Em sua última noite como homem entre seus discípulos, ele prepararou algo realmente especial e íntimo. Ele jantou com seus discípulos e lavou seus pés sujos e empoeirados. Quando estavam à mesa, Ele faz uma promessa: “Eu vou esperar por vocês, e Eu não tomarei mais do fruto da videira, até o dia em que novamente pudermos estar todos à mesa no Reino do Pai” (Mt 26:29).

No Getsêmani, antes de ser Traído, Jesus se sentiu aflito e angustiado a ponto de suar gotas de sangue (Lc 22:44). Sua humanidade fica evidente, ao insistir sem sucesso, pelo apoio de seus três amigos mais próximos, Pedro, Tiago e João. Ele abriu seu coração dizendo: “Minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Por favor, orem comigo.” (Mc 14:34).

Essa é a Bíblia! Viva e pessoal! Revelando o coração de um Deus que deseja se envolver intimamente com o homem. Um Deus que nos escreveu cartas nas quais nos expõe Seu coração, Seus desejos, Seus pensamentos, Seu amor, Sua intimidade (Sl 25:14).

Como disse John Oswald Sanders:

“A divindade de Cristo é a doutrina-chave das Escrituras. Rejeite-a, e a Bíblia tornar-se-á um amontoado de palavras sem qualquer tema que lhe dê unidade. Aceite-a, e a Bíblia tornar-se-á uma revelação compreensível e ordenada de Deus na pessoa de Jesus Cristo.”

Farley Labatut

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